A relação entre criptomoedas e dólar americano

Entenda a dinâmica entre os ativos e como aproveitar essa relação em seus investimentos

O crescimento do mercado de criptomoedas é notável e a chegada de novos projetos atrelados ao dólar chama bastante atenção. Os benefícios do USDT (Tethered), por exemplo, mostram que é possível investir em criptomoedas e se resguardar contra a oscilação do dólar americano. 

Aqui, vamos mostrar qual é a relação e a influência do dólar em criptomoedas e como isso pode determinar os seus próximos movimentos no mercado cripto. A influência entre a moeda fiduciária e as moedas digitais vai muito além das cotações; por isso, é importante entender a dinâmica e como funciona esse mercado. 

Qual é a influência do dólar no mundo das criptomoedas? 

Acompanhar as cotações de criptomoedas em dólar é algo recorrente, já que a moeda fiduciária norte-americana virou uma espécie de reserva mundial. O dólar é a moeda usada para cotar e negociar diversos tipos de commodities, como ouro e petróleo. Por isso, precificar valores em dólar se tornou uma referência comum no cenário mundial. 

Nesse sentido, acompanhar a oscilação do dólar é importante para investir em criptomoedas. Mesmo em um mercado descentralizado como o de criptomoedas, lastrear os valores pelo dólar acaba sendo determinado, já que a moeda americana influencia o cenário macroeconômico. 

As principais criptomoedas, como o Bitcoin, por exemplo, são cotadas globalmente em dólar. Então, para investidores brasileiros, acompanhar a cotação em dólar é fundamental porque nem sempre a cotação em reais será precisa, já que a moeda brasileira pode se desvalorizar perante o dólar. 

Stablecoins lideram transações em criptomoedas no Brasil 

As stablecoins são criptomoedas atreladas ao dólar e a outras moedas fiduciárias. O principal motivo para o surgimento desse tipo de criptomoedas foi se proteger contra a volatilidade do mercado cripto, criando formas de assegurar o patrimônio dos investidores. 

Além disso, as stablecoins se tornaram uma maneira de investir indiretamente em moedas tradicionais sem a necessidade de abrir contas bancárias ou depender de intermediários para fazer negociações. A stablecoin mais famosa é o Tether (USDT), que é atrelado ao dólar e foi responsável por quase 90% das transações de criptomoedas de investidores brasileiros, entre janeiro e maio de 2023. 

Para entender melhor a relação entre a criptomoeda Tether e o dólar, é importante que o ativo digital seja lastreado pelo dólar com proporção de 1 para 1, ou seja, sempre que o dólar se valoriza, o ativo valoriza e vice-versa. Isso traz mais proteção contra fatores externos, como inflação e crises econômicas, que afetem a economia americana. 

Com isso, é crucial entender que a relação entre criptomoedas e dólar vai muito além da cotação. No caso das stablecoins, por exemplo, pode representar a garantia de uma reserva segura e a dolarização do patrimônio de forma simples. 

Como aproveitar a relação entre dólar e criptomoedas ao fazer investimentos? 

Para investidores brasileiros, observar a relação entre dólar e criptomoedas é vital para fazer bons investimentos. Esse é o caminho para entender a cotação de criptomoedas, como o Bitcoin, e manter uma carteira diversificada para diminuir os riscos da volatilidade do mercado. 

Já para quem se interessa em fazer uma reserva de dólar, investir em stablecoins pode ser uma forma viável de investir em dólar e criar uma reserva da moeda e, de quebra, escapar da volatilidade do mercado cripto, já que os ativos estão atrelados. E isso de forma transparente, com a segurança da blockchain e de modo desburocratizado. 

A dolarização de patrimônio por meio das stablecoins é uma estratégia de investimentos bastante interessante para quem deseja viajar, por exemplo, já que o lastreio do ativo digital em dólar facilita a venda e a conversão no mercado. 

Como vimos aqui, a relação entre dólar e criptomoedas é bastante simples. A dinâmica entre as moedas pode gerar excelentes oportunidades de investimentos e apoio em estratégias de diversificação de carteira e construção de patrimônio com criptomoedas a médio e longo prazo.